O
governador Ricardo Coutinho anunciou, nesta segunda-feira (28), a criação de um
Comitê de Abastecimento para intensificar o trabalho de manutenção na Paraíba
dos serviços essenciais à população. Ele reuniu seu secretariado na manhã desta
segunda-feira e anunciou a garantia de escoltas para os transportes de gás de
cozinha, medicamentos e insumos necessários para os hospitais, presídios,
escolas e para conservar a qualidade do abastecimento de água fornecida pela
Cagepa.
Em
pronunciamento no programa radiofônico oficial Fala Governador, transmitido em
cadeia estadual pela Rádio Tabajara, Ricardo reafirmou que se solidariza com o
movimento nacional realizado pelos caminhoneiros, mas ressaltou que a
prioridade do Governo do Estado é salvar vidas e preservar os direitos do
cidadão.
No
programa, o governador Ricardo Coutinho comentou que uma reunião foi realizada
na manhã desta segunda-feira com representantes de vários setores do Governo,
na qual foi feita uma análise mais próxima da realidade vivida pela Paraíba
diante da situação atual no país. Segundo informou, a área da saúde, por
exemplo, já enfrenta problemas com o estoque de doação de sangue e com a falta
de medicamentos, como a insulina Lantus, que está presa em um dos bloqueios
fora do Estado. Também estão presos e não têm previsão de chegada medicamentos
para tratamento oncológico e hormônio do crescimento. Além disso, os estoques
de vacinas contra influenza nos municípios só deverão durar até o dia 1º de
junho.
“Minha
solidariedade com o movimento vai até o momento onde os direitos do povo sejam
preservados. A população não pode ficar sem gás de cozinha, sem alimentos, sem
transporte público funcionando integralmente, enfim, os direitos precisam ser
mantidos”, afirmou o governador.
Durante
o Fala Governador, Ricardo também garantiu que 100% da frota da polícia está
rodando no Estado, isso por causa de um acordo que garantiu o abastecimento de
viaturas, ambulâncias e outros veículos essenciais. Em relação aos presídios, o
governador comentou que foi feito o abastecimento há três dias, mas é
necessário que o gás de cozinha seja reposto nos próximos dias, bem como o
abastecimento de água pelos carros-pipa naqueles que são abastecidos dessa
forma. Para o governador, “qualquer reivindicação é legítima, mas não pode
colocar em risco a sobrevivência da sociedade. Os prejuízos econômicos e
sociais são enormes”.
O
governador ainda alertou a população para o caso de se sentir prejudicada com o
aumento abusivo de preços, em consequência da greve dos caminhoneiros, poderá
denunciar pelo 197 ou acionar o Procon-PB para que as providências sejam
tomadas. “A luta é justa, mas defender os direitos do povo é um dever meu,
enquanto governador”, disse.
ICMS
– Ao ser questionado sobre a proposta do Governo Federal para que os
governadores reduzam o ICMS do combustível, o governador comentou: “O Estado já
está contribuindo porque vai perder a Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico (Cide) que foi zerada. O Governo Federal já anulou a Cide, recurso
que é usado para manutenção das estradas. Se o ICMS fosse diminuído, a Paraíba
teria uma queda de receita de R$ 350 milhões por ano. Algo que não pode
ocorrer”, ressaltou.
Ricardo
informou que o prejuízo da Cide a partir de julho será de R$ 3 milhões mensais
totalizando este ano R$ 18 milhões.
Gás
natural é fornecido normalmente
O
fornecimento do gás natural canalizado para residências e comércios em João
Pessoa e Campina Grande continua acontecendo normalmente. A Companhia Paraibana
de Gás (PBGás) explicou que o gás natural canalizado é fornecido por meio de
gasodutos e de maneira contínua.
A
PBGás possui mais de 15 mil clientes residenciais e comerciais, além de 37
indústrias que não foram prejudicadas com a crise de desabastecimento dos
combustíveis e do GLP. A rede de distribuição do gás natural no Estado possui
uma extensão de 312 km e está presente em João Pessoa, Campina Grande,
Cabedelo, Conde, Alhandra, Santa Rita, Bayeux, Mamanguape, Queimadas, Ingá e
Caldas Brandão (Cajá).
Em
João Pessoa, a rede de gasodutos atende aos bairros de Jardim Oceania, Manaíra,
Tambaú, Cabo Branco, Altiplano, Miramar e parte da Torre, e está chegando no
Brisamar, com obras em andamento. Em Campina Grande, a rede está presente nos
bairros do Catolé e parte de Bodocongó e da Liberdade.
O
diretor presidente da PBGás, George Morais, disse que o gás natural canalizado
distribuído por gasodutos possui como grande diferencial o fornecimento
contínuo, sem a necessidade de abastecimento por caminhões e de armazenagem de
botijões ou cilindros. Desta forma, por
exemplo, a paralisação dos caminhoneiros não impactou na distribuição do gás
natural veicular e nem para as indústrias, comércios e residências nos bairros
já conectados pela rede de gasodutos.
De
acordo com o gerente de Mercado Residencial da PBGás, Marco Antônio Coutinho,
os clientes da companhia contam com o conforto e a tranquilidade de receberem o
gás natural canalizado, sem risco de desabastecimento para o regular
funcionamento da cozinha, fornos ou churrasqueiras, já que o fornecimento é
contínuo.
“É importante informar que o gás canalizado só atende áreas que já
possuam rede de gasoduto, portanto, várias localidades ainda não podem ser
alcançadas no momento. Mas a PBGás está focada na ampliação da rede com obras
em andamento nos bairros do Brisamar e Miramar, além de expansão de áreas com
gasodutos nos bairros de João Pessoa e Campina Grande, chegando cada vez mais
perto e facilitando a vida de muitos paraibanos”, explicou.
Mais
informações sobre os bairros atendidos pela rede de gasodutos podem ser obtidas
na PBGás pelo 08002810197 ou pelo 117.
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